sexta-feira, 10 de abril de 2009

A Antimatéria


Sempre que alguém inicia seus estudos na astronomia, geralmente se depara com a palavra "Antimatéria", mas o que é realmente a antimatéria? Bom, vou tentar explicar da melhor maneira possível.

A matéria normal como a conhecemos é composta de átomos. As distintas organizações de distintos átomos formam todos os tipos de moléculas e estas por sua vez, a matéria. Esses átomos estão compostos por elétrons, prótons e neutrons, os menores elementos conhecidos (sem levarmos em conta os quarks).
A antimatéria se compõe do mesmo modo com algo chamado de anti-átomos, que são formados por anti-elétrons (também conhecidos como pósitrons), antiprótons, e o extranho antinêutron.

Estudos deduziram, em uma análise matemática das propriedades inerentes as particulas subatomicas, que cada partícula deveria ter sua "antipartícula". Assim deveria haver um "anti-elétron" idêntico ao elétron, porém com carga positiva e não negativa, e um "antipróton" com carga negativa em vez de positiva.

Mas... o que é realmente a antimatéria e em que se diferenciam os elétrons, prótons e nêutrons dos anti-elétrons, antiprótons e antinêutrons?
A resposta é simples; a antimatéria é a matéria constituída com a carga inversa (anti-eletrons, antiprotons e antineutorns).

A diferença entre as particulas e antiparticulas é basicamente a carga elétrica. São identicas em aspecto físico e em constituição, mas na antiparticula seus movimentos rotatórios são invertidos, o polo sul magnético (se assim podemos dizer) está em cima e não em baixo, dessa maneira sua carga elétrica é oposta a que deveria ser.

Mas a questão é... a antimatéria existe realmente? Há antimatéria em massa no universo?
Ninguém sabe comprovadamente, mas astrônomos continuam na busca por indícios de sua existencia, na maioria das observações eles buscam por indícios de possíveis choques entre matéria e antimatéria. Segundo os estudos, o choque entre ambas as aniquilariam com uma potência absurda trasformando-se em radiação.

Dado que a matéria e a antimatéria são equivalentes em todos os aspectos, exceto em sua posição eletromagnética, qualquer força que criasse uma, originaria a outra também, e o universo deveria estar composto de quantidades iguais de uma e outra. E este é o dilema, a teoria nos diz que deveria existir antimatéria, mas a observação prática se nega a respaldar este fato.

Vários astrônomos citam a tese de que no começo do universo, com o big bang, existia muita antimatéria porém um pouco menos do que matéria, então as colisões entre as duas foram aniquilando-as até o ponto em que toda a antimatéria se extinguiu e o restante foi apenas a pequena parcela a mais de matéria existente. E o que ocorre com os núcleos das galáxias ativas? deveriam ser esses fenômenos energéticos o resultado de uma aniquilação matéria x anti-matéria? NÃO! Porque nem sequer esse aniquilamento entre as duas é suficiente, a destruição seria muitas vezes maior.

Recentemente, cientistas dos EUA e da Europa acreditam ter descoberto uma população de estrelas que geram antipartículas capazes de viajar por milhares de anos, intactas, no espaço.
Os estudos continuam, e a questão da antimatéria permanece como mistério para todos, porém sabemos que estamos relativamente próximos de descobrir a verdade sobre isso.

2 comentários:

  1. Eu só quero fazer uma pergunta que talvez seja bem simples e ate estúpida!
    Você disse no texto que "a diferença entre as particulas é basicamente a carga elétrica...sua carga elétrica é oposto a que deveria ser"
    Então qual é a diferença entre o antinêutron e o nêutron?Contando que nêutron tem carga nula assim não podendo ter uma carga contrária!

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  2. Olá Neylon...
    Antes de tudo, desculpas pela demora, estive um tempo ausente resolvendo algumas questões pessoais.

    Sobre os antinêutrons, eles também possuem carga elétrica nula, porém são formados por antiquarks.

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