terça-feira, 28 de abril de 2009

A Enigmática Glândula Pineal


A glândula pineal, epífise neural ou pineal é uma glândula endócrina mínima, que tem o formato de uma pinha, o fruto do pinheiro, ou de um grão, situado próximo ao centro do cérebro, entre os dois hemisférios. Ela tem cerca de cinco milímetros de diâmetro e está fixada por meio de hastes.

Há várias controvérsias sobre as tarefas que cabem a esta glândula, pois muitos estudiosos crêem que ela não detém atualmente nenhuma função específica, ou seja, ela seria simplesmente o que se conhece como órgão vestigial. Mas algumas certezas parecem existir, como a de sua contribuição no equilíbrio dos ciclos considerados vitais, especialmente o do sono, e na regulação dos esforços sexuais e reprodutivos.

Esta glândula está envolta em uma delgada camada de areia, considerada muito útil. A Ciência descobriu recentemente que ela é um pequeno tecido vermelho-acinzentado, responsável pelo aprimoramento e pelas mudanças progressivas nos órgãos sexuais. Quando já não é mais útil nesta tarefa, vai aos poucos se convertendo em uma massa celular fibrosa, incapaz de produzir hormônios. Ela é constantemente avistada em exames radiográficos do crânio, pois é intensamente calcificada. Algumas experiências realizadas com roedores indicam que esta glândula pode exercer profunda influência sobre a performance de drogas como a cocaína, e de antidepressivos, especialmente a fluoxetina, no organismo.

O filósofo René Descartes defendia a tese de que a glândula pineal seria a morada da alma. No Oriente acredita-se que ela é uma espécie de terceiro olho atrofiado. Os praticantes da yoga indiana afirmam que ela é a janela de Brahma, conhecida como o Olho de Diamante, que uma vez adequadamente treinado poderia perceber uma realidade transcendental. Lobsang Rampa, pseudônimo adotado por um escritor inglês, também se devotava ao conhecimento deste elemento do organismo.

Alguns vêem na Pineal uma espécie de antena poderosa, teoria esta estimulada pela presença de cristais de apatita neste órgão, os quais vibrariam de acordo com as ondas eletromagnéticas por eles atraídas. No Homem esta glândula estaria em conexão direta com outras regiões do cérebro, tais como o córtex cerebral, que teria a capacidade de traduzir as mensagens transmitidas por ela. Assim seria possível explicar eventos considerados paranormais, como a clarividência, a telepatia e a mediunidade.

A Doutrina Espírita, elaborada por Allan Kardec no século XIX, também se empenha em encontrar justificativas para a atuação da glândula pineal. Segundo a teoria espírita, a epífise é considerada a glândula responsável pela existência da vida no plano espiritual e mental, além de deter um intenso significado no corpo etéreo. Ela comanda as emoções, pois tem acesso irrestrito a todo o sistema endócrino, atuando principalmente na esfera sexual. A pineal também seria capaz de dirigir as forças do inconsciente apenas com o poder da vontade. Hoje este tema é amplamente investigado pelo Doutor Sérgio Felipe de Oliveira, psiquiatra brasileiro, especialista na área da Psicobiofísica.

Do ponto de vista dos hindus, a glândula pineal é um órgão essencial do organismo humano, detentor de dois chacras ou centros energéticos muito importantes – o do terceiro olho, localizado na região central da fronte; e o coronário, também situado no campo encefálico.

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