sexta-feira, 3 de abril de 2009

Machu Picchu - A Maravilha Inca


Segundo documentos de meados do século XVI, Machu Picchu poderia ter sido uma das residencias de descanso de Pachautec (primeiro imperador Inca). Acredita-se que devido a suas melhores construções e o vidente caráter cerimonial, Machu Picchu era usada como santuário religioso.

Machu Picchu é considerada ao mesmo tempo uma obra mestre da arquitetura e a engenharia. Suas peculiares características arquitetônicas e paisajísticas, e o velo de mistério que tem tecido a sua ao redor boa parte da literatura publicada sobre o lugar, o converteram em um dos destinos turísticos mais populares do planeta.

Localizada a meio caminho entre os andes e a floresta amazônica, foi uma região colonizada por populações serranas, não selváticas, provenientes das regiões de Vilcabamba e do Vale Sagrado, em Cusco, em procura de uma expansão de suas fronteiras agrárias. As evidências arqueológicas indicam que a agricultura se pratica na região desde ao menos o 760 a. C.

Uma explosão demográfica dá-se a partir do Período Horizonte Médio, desde o ano 900 de nossa era, por grupos não documentados historicamente mas que possivelmente estiveram vinculados à etnia Tampu do Urubamba. Acha-se que estes povos poderiam ter feito parte da federação Ayarmaca, rivais dos primeiros incas do Cusco.
Nesse período se expande consideravelmente a área agrícola "construída" (plataformas).

A área edificada em Machu Picchu é de 530 por 200 metros e inclui ao menos 172 recintos. O complexo está claramente dividido em duas grandes zonas: a zona agrícola, formada por conjuntos de terraços de cultivo, que se encontra ao sul; e a zona urbana, que é, por suposto, aquela onde viveram seus ocupantes e onde se desenvolveram as principais actividades civis e religiosas. Ambas zonas estão separadas por um muro, um fosso e uma escalinata, elementos que correm paralelos pela costa leste da montanha.

Machu Picchu, como parte integrante de uma região de grande movimento econômico em tempos de Pachacútec, estava integrado à rede de caminhos incas do Império. Usando estas vias pode-se, até hoje, aceder a outros complexos incas próximos que revestem grande interesse. Ao norte, pelas bifurcações do caminho de Huayna Picchu pode-se chegar ao chamado Templo da Lua ou à cume da montanha onde há construções incas. Ao oeste está o caminho que leva a Intipata e passa pela famosa "ponte removible". Outro caminho, pelo que ascendeu Agustín Lizárraga, leva até o rio e a San Miguel.

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