terça-feira, 7 de abril de 2009

O Zodíaco de Dendera


O Zodíaco de Dendera é um conhecido Baixo-Relevo (uma forma escultórica utilizada na decoração de vários elementos arquitectónicos) do antigo Egito esculpido no teto da "pronaos" (entrada) de uma câmara dedicada a Osíris no templo de Hathor de Dendera, no Egito. E está exposto no Museu do Lovre em Paris.

O Zodíaco de Dendera contém imagens que parecem corresponder as constelações de Touro e Libra. Esta câmara está datada a finais do período ptolemaico e seu pronaos foi adicionado durante o reinado do imperador Tibério que ordenou a Jean-François Champollion a datar o relevo corretamente no período greco-romano, porém muitos de seus contamporâneos afirmam que datava o novo império.
A data mais aceita atualmente é que foi esculpido até o ano 50 a.c., pois mostra estrelas e planetas da maneira que estes eram observados nessa época. Existem teses que afirmam que o relevo do Zodíaco serviu de base para a criação de sistemas astronômicos posteriores.

Durante a era napoleônica no Egito, Vivant Denon desenhou o zodíaco circular e os retangulares. Em 1802, depois da expedição napolônica, Denon publicou várias gravuras do teto do templo em "Voyage dans la Basse et la Haute Egypte". Essas gravutas geraram grandes controvérsias em relação a data exata do zodíaco, e se era o planisfério ou uma representação astrológica. Louis Charles Antoine Desaix, também mebro da expedição, decidiu enviar o relevo a França e em 1821 a peça chegou a Paris e no ano seguinte foi instalada na Biblioteca Real por Luis XVIII. E em 1964 foi levado ao Museo do Lovre.


A descrição do Zodíaco:

O zodíaco é um planisfério ou mapa das estrelas, mostrando as 12 constelações zodiacais e os planetas.
Sua representação em forma circular é único na arte do antigo Egito, onde é mais normal as representações zodiacias de maneira retangular, como as que decoram a pronaos do mesmo templo ou os tetos astronômicos de uma das tumbas do Vale dos Reis.
A esfera celeste está representada por um circulo sustentado por quatro pilares em forma de mulheres. E no primeiro anel, 36 seres simbolizam os 360 dias do ano egípcio.
No círculo interior se encontram as constelações, mostrando os 12 signos do zodíaco. Algumas desses estão representados em sua forma habitual, como por exemplo Áries, Touro, Escorpião e Capricórnio, enquato outros se mostram como são conhecidos no Egito, como por exemplo Aquário, que está representado pelo deus das inundações Hapy, sustentando dois vasos que derramam água.


Segundo Albert Slosman (professor de matemática e membro da equipe da NASA encarregada das sondas Pioneer), uma característica importante em torno do Zodíaco de Dendera é a releção que o zodíaco estabelece com o nascimento da civilização egípcia a partir do êxodo dos Atlantes.
Sua teoria se baseia nas gravuras das pedra de Dendera, onde se descreve os detalhes deste êxodo que condiz com a história de Platão que havia estabelecido que origem da civilização egípcia se deu a partir do êxodo dos atlantes.
Em 1976, Slosmam publicou o livro "O grande cataclisma", que descreve com provas a veracidade deste êxodo há 12500 anos, data que aparece no zodíaco de Denderam representada pela constelação de Leão que, sobre um barco, parece guiar todo o conjunto.

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