terça-feira, 12 de maio de 2009
Manuscrito Voynich
O manuscrito Voynich é um misterioso livro ilustrado de conteúdos desconhecidos, escrito faz uns 500 anos por um autor anônimo em um alfabeto não identificado e um idioma incomprensível, o denominado voynichês.
Ao longo de sua existência constatada, o manuscrito tem sido objeto de intensos estudos por numerosos criptógrafos profissionais e aficcionados. Esta sucessão de falhas tem convertido o manuscrito no Santo Graal da criptografía histórica, mas ao mesmo tempo tem alimentado a teoria de que o livro não é mais que um elaborado engano, uma sequência de símbolos sem sentido algum.
O nome do manuscrito deve-se ao especialista em livros antigos Wilfrid M. Voynich, quem o adquiriu em 1912 . Atualmente está catalogado como o ítem MS 408 na Biblioteca Beinecke de livros raros e manuscritos da Universidade de Yale.
O livro tem em torno de 240 páginas de pergaminho, com espaços vazios na numeração das mesmas, o que sugere que várias páginas foram extraviadas antes de sua compra por Voynich. Para evitar extravios posteriores o pai Petersen o fotocopiou em 1931, repartindo ditas cópias entre vários pesquisadores interessados em seu estudo e tentativa de tradução. Utilizou-se pluma de ave para escrever o texto e desenhar as figuras com pintura de cores; segundo pode se apreciar, o texto é posterior às figuras, já que em numerosas ocasiões o texto aparece tocando a borda das imagens, algo que não ocorreria se estas tivessem sido acrescentadas posteriormente.
Atribui-se aos primeiros proprietários reais do manuscrito a crença de sua autoria por parte de Roger Bacon (1214-1294). O manuscrito apresenta notáveis parecidos com uma obra do autor inglês Anthony Ascham, "A Little Herbal" (Um pequeno herbario), publicada em 1550. Os primeiros proprietários teóricos do manuscrito teriam sido Rodolfo II de Bohemia (1552-1612) (neto de Carlos V) e Jacobus Horcicky de Tepenecz (que o possuiria entre 1612 e 1622), quem a sua vez lho passaria a Georgius Barschius (quem em teoria o teria entre 1622-1665).
Permaneceria em mãos de Athanasius Kircher desde 1665 até 1680, sem que pudesse descifrarlo, passando à biblioteca do Collegio Romano (atualmente a Universidade Pontificia Gregoriana) até 1912, momento no que o compraria Wilfrid M. Voynich (entre 1912 e 1930) para passar posteriormente a sua viúva, Ethel Boole Voynich (entre 1930 e 1961), a Hans Peter Kraus (entre 1961 e 1969), o qual o cedeu à Universidade de Yale.
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