terça-feira, 12 de maio de 2009

Chichén Itzá


Chichén Itzá é um dos principais lugares arqueológicos de Yucatán, México, vestígio de uma das civilizações prehispánicas mais importantes: Os mayas.

A arquitetura em massa que tem chegado até nossos dias e que hoje é emblemática do lugar, tem uma clara influência tolteca. O deus que preside o lugar, Kukulcán, é uma reencarnação (por assim o dizer) de Quetzalcóatl deus que partiu do panteón tolteca. Dito isto, há que considerar que Chichén Itzá foi uma cidade[1] ou um centro ceremonial, que passou por diversas épocas construtivas e influências dos diferentes povos que a ocuparam e que a impulsionaram desde sua fundação.

A zona arqueológica de Chichén Itzá foi inscrita na lista do Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1988. Em 7 de julho de 2007, foi reconhecida como uma das "7 Novas Maravilhas do Mundo", por uma iniciativa privada sem o apoio da Unesco, mas com o reconhecimento de milhões de votantes ao redor do mundo.

A cidade foi fundada no ano 525 d.C. pelos chanes de Bacalar (que depois se chamaram itzáes).
Tendo estabelecido os chanes a capital de seu governo em Chichén Itzá na época assinalada, provenientes de Bacalar, continuaram seu trajeto de oriente a poente na península de Yucatán, ao cabo do qual fundariam também outras cidades importantes como Ek Balam, Izamal, Motul, e T-hó, a atual Mérida de Yucatán e Champotón (Chan Petén: A terra dos chanes), segundo D. Francisco Molina Solís.

No final do período clássico tardio (600-900 d.C.) no século IX, Chichén se converteu em um dos mais importantes centros políticos das terras baixas do Mayab. No princípio do posclásico (do ano 900 até o 1500), a cidade tinha se consolidado como principal centro de poder na península yucateca.

De acordo com a evidência disponível, é possível que muitas das construções principais da cidade tenham sido destruídas para o final do século XI e reconstruidas mais tarde. Pode-se dizer que o declive de Chichén Itzá se deu em um contexto de violência, que conduziu à perda da hegemonia de Chichén Itzá no Mayab.

No ano 987 d.C. formou-se a Liga de Mayapán, que foi uma união de casas sacerdotais da península, entre as que as mais importantes eram Uxmal, Mayapán e Chichén Itzá.

A diferença do início, quando Chichén foi fundada, em que os mayas vindos de oriente buscavam a paz e o desenvolvimento de seu povo se estabelecendo no Mayab (em língua maya: Má= não Yab= muito, muitos) "o lugar para uns quantos", "para não muitos". No final, 1000 anos depois, a própria região tinha se convertido em lugar de pugnas e de lutas. Na queda, a elite estava formada por guerreiros, sacerdotes e comerciantes que governavam Chichén Itzá. Eles tinham introduzido o culto ao deus Kukulcán, e levantado impressionantes construções com taludes e muros verticais e representações do deus pássaro-serpente.
Os múltiplos e monumentais edifícios da grande explanada de Chichén Itzá estão presididos pela Pirámide de Kukulcán, chamado por muitos "o Castelo", um dos edifícios mais notáveis da arquitetura maya.

No século XVI o conquistador espanhol Francisco de Montejo e o franciscano Diego de Landa, realizaram as primeiras visitas dos europeus à zona e deram conta detalhada da existência da cidade.

Em 1840 John Lloyd Stephens e Frederick Catherwood visitaram a zona arqueológica de Chichén Itzá, nesse tempo a área encontrava-se dentro da fazenda do mesmo nome que pertencia a Juan Sosa. Em 1894, o mayista Edward Herbert Thompson adquiriu a Fazenda de Chichén-Itzá, realizou estudos e explorações na zona, em especial dentro do cenote sagrado. Durante esses trabalhos muitos objetos encontrados foram enviados indevidamente ao Museu de Arqueologia e Etnología filiado à Universidade de Harvard (Peabody Museum of Archaeology and Ethnology), posteriormente, e devido à intervenção do governo mexicano, os objetos foram devolvidos. Ao morrer Thompson em 1935 a propriedade passou a seus herdeiros ainda que o controle e a jurisdição, bem como a exploração sistematizada e a manutenção do extenso lugar arqueológico está a cargo, por disposição de lei, do Instituto Nacional de Antropologia e História, organismo descentralizado do governo federal mexicano.
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