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A crença na bruxaria é comum em numerosas culturas desde a mais remota antiguidade, e as interpretações do fenômeno variam significativamente de uma cultura para outra. No ocidente cristão, a bruxaria relacionou-se frequentemente com a crença no Diabo, especialmente durante a Idade Moderna, em que se desatou na Europa uma obsessão pela bruxaria que desencadeou numerosos processos e execuções de bruxas (o que se denomina "caça as bruxas"). Algumas teorias relacionam a bruxaria européia com antigas religiões pagãs.
Este é o conceito mais frequente do termo "bruxa", desde o século XX o termo tem sido reivindicado por seitas ocultistas e religiões neopagãs, como a Wicca, para designar a todas aquelas pessoas que praticam verdadeiro tipo de magia, seja esta maléfica (magia negra) ou benéfica (magia branca), ou bem aos adeptos de uma determinada religião.
Na antigas Grécia e Roma, estava estendida a crença na magia. Existia, no entanto, uma clara distinção entre diferentes tipos de magia segundo sua intenção. A magia benéfica com freqüência realizava-se publicamente, era considerada necessária e inclusive existiam servidores públicos estatais, como os augures romanos, encarregados desta atividade. Em mudança, a magia realizada com fins maléficos era perseguida. Atribuía-se geralmente a magia maléfica a feiticeiras (em latim: maleficae).
Segundo os textos clássicos, cria-se destas feiticeiras que tinham a capacidade de se transformar em animais, que podiam voar de noite e que praticavam a magia tanto em proveito próprio como por encargo de terceiras pessoas. Dedicavam-se preferencialmente à magia erótica, ainda que também eram capazes de provocar danos, tais como doenças ou tempestades. Reuniam-se de noite, e consideravam como suas protetoras e invocavam em seus conjuros a deusas como Hécate, Selene e Diana.
Provavelmente as bruxas mais conhecidas da literatura clássica são duas personagens mitológicos, Circe e Medea. As habilidades mágicas de ambas residem sobretudo em seu domínio das pócimas ou filtros mágicos (phármakon, em grego). Medea, que se apresenta a si mesma como adoradora de Hécate, se converteu no arquetipo da feitiçaria nas literaturas grega e romana. Há menções de bruxas nas obras de Teócrito, Horacio, Ovidio, Apuleyo, Lucano e Petronio, entre muitos outros.
Bruxaria e Cristianismo
A atitude do cristianismo a respeito de algumas práticas mágicas, tais como a astrologia ou a alquimia, foi em certos momentos ambigua, a condenação da bruxaria foi explícita e inequívoca desde os começos da religião cristã. Na Alta Idade Média várias leis condenaram a bruxaria, baseadas tanto no exemplo do direito romano como na vontade de erradicar todas aquelas práticas relacionadas com o paganismo. No entanto, a atitude eclesiástica não parece ter sido muito beligerante durante a primeira metade da Idade Média.
A situação mudou quando a Igreja começou a perseguir as heresias cátaras e valdenses. Ambas concediam uma grande importância ao Demônio. Para combater estas heresias foi criada a Inquisição pontificia no século XIII. No século seguinte começam a aparecer nos processos por bruxaria as acusações de pacto com o Diabo, o primeiro elemento determinante no conceito moderno de bruxaria.
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Leia também:
- Malleus Maleficarum - O Martelo das Bruxas
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