quarta-feira, 21 de abril de 2010

Projeto HAARP

   High Frequency Active Auroral Research Program É um programa ionosférico financiado pela Força Aérea e Marinha dos EUA, a Defense Advanced Research Projects Agency (DARPA) e a Universidade do Alasca. Seu objetivo é estudar as propriedades da ionosfera e potenciar os avanços tecnológicos que permitam melhorar sua capacidade para favorecer as radiocomunicações e os sistemas de vigilância. 

   As atividades do programa se realizam na HAARP Research Station, uma instalação situada perto de Ganoka, no Alaska. 

   O principal dispositivo da Estação HAARP é o Instrumento de Investigação Ionosférica (IRI, pelas suas siglas em inglês), um potente radiotransmissor de alta freqüência que pode modificar as propriedades em uma zona limitada da ionosfera. Os processos que ocorrem na dita zona são analisados mediante outros instrumentos, tais como radares UHF, VHF e sinal digital, e magnetômetros de saturação e de indução. 

   A estação HAARP começou a funcionar em 1993. O IRI atual opera desde 2007. Até 2008. A HAARP havia gastado aproximadamente 250 milhões de dóllares, financiados com impostos para sua construção e custos operacionais. A estação HAARP se encontra perto de Gakona, Alaska. Ao oeste do Parque Nacional Wrangell-San Elias. 

   Depois de realizar um relatório sobre o impacto ambiental, foi-lhe permitido estabelecer ali uma rede de 180 antenas. A estação foi construída no mesmo lugar onde se encontravam instalações de radar sobre o horizonte, as quais albergam agora o centro de controle da estação, uma cozinha e várias oficinas. 

   Durante a investigação ionosférica, o sinal gerado pelo transmissor é enviado até as antenas, que o transmitem até o céu, a uma altitude entre 100 e 350 km, onde o sinal é parcialmente absorvido, concentrando-se em um volume de algumas centenas de metros de altura e dezenas de km de diâmetro. 

   A intensidade do sinal de alta frequência na ionosfera é dezenas de milhões de vezes menor que a radiação eletromagnética natural que chega a Terra diretamente do Sol, e centenas de vezes menor que as alterações aleatórias dos raios ultravioletas que mantém a ionosfera. Os efeitos produzidos pelo IRI podem ser vistos com os instrumentos científicos das instalações antes mencionadas, e a informação que se obtém é útil para entender a dinâmica do plasma e dos processos de interação entre a Terra e o Sol. 

   O primeiro IRI da estação tinha 18 antenas. Esta instalação demandava 360 kW de potencia e transmitia energia suficiente para as provas ionosféricas mais básicas. Em 1993 foram aumentados os números de antenas para 48, com uma potencia de 960 kW. Atualmente o IRI consta com 180 antenas, que requerem uma alimentação total de 3,6 MW. 


Potencial como Armas: 

O programa HAARP foi objeto de debates em meados dos anos 90, devido a suposição de que as antenas da estação poderiam ser usadas como armas. 

   Em Agosto de 2002 a tecnologia HAARP teve uma menção como tema crítico no parlamento russo. O parlamento elaborou um comunicado de imprensa sobre o HAARP, escrito por comitês de defesa e assuntos internacionais, firmado por 90 representantes e apresentados ao então presidente Vladimir Putin.
Conteúdo do comunicado: “Os EUA estão criando novas armas integrais de caráter geofísico que podem influenciar na toposfera com ondas de rádio de baixa freqüência... A importancia deste salto qualitativo é comparável a transição das armas brancas para as armas de fogo, ou das armas convencionais para as armas nucleares. Esse novo tipo de arma difere das de qualquer tipo conhecido em que a troposfera e seus componentes se convertem em objetos sobre os quais se pode influir.” 

   O Parlamento Europeu, por sua parte, em uma resolução em janeiro de 1999 sobre meio ambientem segurança e política exterior havia sinalado que a HAARP manipulava o meio ambiente com fins militares e solicitava que a mesma fosse objeto de avaliação por parte da STOA no que se referia a suas repercussões sobre o meio ambiente local e sobre a saúde pública em geral. Nessa mesma resolução, o Parlamento Europeu pedia que fosse realizada uma convenção internacional para a proibição mundial de qualquer tipo de projeto que possam permitir qualquer forma de manipulação de seres humanos. 


Teorias de Conspiração: 

   O projeto HAARP tem sido tema de numerosas teorias de conspiração; acusado de ocultar seu verdadeiro propósito. O jornalista Sharon Weinberger chamou o HAARP de “O Moby Dick das conspirações”. Já David Naiditch fala que o projeto pode ocasionar catástrofes como inunações, secas, furacões e terremotos devastadores. Os teóricos da conspiração também ponderaram a possibilidade que o HAARP pode ter desempenhado um papel devastador nos terremotos ocorridos em Sichuan (China) em 2008 e no Haiti em 2010. 

   Um artigo divulgado na TV venezuelana de propriedade do presidente Hugo Chavez, assim como seu site oficial culpou o HAARP como causa dos terremotos no Haiti e no Chile, apesar de serem comuns atividades sísmicas nesses países.

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