quinta-feira, 9 de julho de 2009
As Origens do Paganismo
A Bruxaria
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A crença na bruxaria é comum em numerosas culturas desde a mais remota antiguidade, e as interpretações do fenômeno variam significativamente de uma cultura para outra. No ocidente cristão, a bruxaria relacionou-se frequentemente com a crença no Diabo, especialmente durante a Idade Moderna, em que se desatou na Europa uma obsessão pela bruxaria que desencadeou numerosos processos e execuções de bruxas (o que se denomina "caça as bruxas"). Algumas teorias relacionam a bruxaria européia com antigas religiões pagãs.
Este é o conceito mais frequente do termo "bruxa", desde o século XX o termo tem sido reivindicado por seitas ocultistas e religiões neopagãs, como a Wicca, para designar a todas aquelas pessoas que praticam verdadeiro tipo de magia, seja esta maléfica (magia negra) ou benéfica (magia branca), ou bem aos adeptos de uma determinada religião.
Na antigas Grécia e Roma, estava estendida a crença na magia. Existia, no entanto, uma clara distinção entre diferentes tipos de magia segundo sua intenção. A magia benéfica com freqüência realizava-se publicamente, era considerada necessária e inclusive existiam servidores públicos estatais, como os augures romanos, encarregados desta atividade. Em mudança, a magia realizada com fins maléficos era perseguida. Atribuía-se geralmente a magia maléfica a feiticeiras (em latim: maleficae).
Segundo os textos clássicos, cria-se destas feiticeiras que tinham a capacidade de se transformar em animais, que podiam voar de noite e que praticavam a magia tanto em proveito próprio como por encargo de terceiras pessoas. Dedicavam-se preferencialmente à magia erótica, ainda que também eram capazes de provocar danos, tais como doenças ou tempestades. Reuniam-se de noite, e consideravam como suas protetoras e invocavam em seus conjuros a deusas como Hécate, Selene e Diana.
Provavelmente as bruxas mais conhecidas da literatura clássica são duas personagens mitológicos, Circe e Medea. As habilidades mágicas de ambas residem sobretudo em seu domínio das pócimas ou filtros mágicos (phármakon, em grego). Medea, que se apresenta a si mesma como adoradora de Hécate, se converteu no arquetipo da feitiçaria nas literaturas grega e romana. Há menções de bruxas nas obras de Teócrito, Horacio, Ovidio, Apuleyo, Lucano e Petronio, entre muitos outros.
Bruxaria e Cristianismo
A atitude do cristianismo a respeito de algumas práticas mágicas, tais como a astrologia ou a alquimia, foi em certos momentos ambigua, a condenação da bruxaria foi explícita e inequívoca desde os começos da religião cristã. Na Alta Idade Média várias leis condenaram a bruxaria, baseadas tanto no exemplo do direito romano como na vontade de erradicar todas aquelas práticas relacionadas com o paganismo. No entanto, a atitude eclesiástica não parece ter sido muito beligerante durante a primeira metade da Idade Média.
A situação mudou quando a Igreja começou a perseguir as heresias cátaras e valdenses. Ambas concediam uma grande importância ao Demônio. Para combater estas heresias foi criada a Inquisição pontificia no século XIII. No século seguinte começam a aparecer nos processos por bruxaria as acusações de pacto com o Diabo, o primeiro elemento determinante no conceito moderno de bruxaria.
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Leia também:
- Malleus Maleficarum - O Martelo das Bruxas
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A Pedra Filosofal
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Segundo a alquimia a pedra filosofal é uma substancia que teria propriedades extraordinárias, como a capacidade de transformar qualquer metal em ouro.
Suas supostas origens parecem estar em uma antiga teoria que propõe analisar os elementos Aristotélicos atendendo a suas quatro "qualidades básicas": calor, frio, seca e humidade. O fogo seria quente e seco, a terra fria e seca, a agua fria e húmida e o ar quente e húmido. Mas a teoria ainda propõe que cada metal é uma combinação desses quatro princípios. Dessa teoria resulta o fenômeno da transmutação, ou seja, a mudança da natureza de um elemento em função da mudança de suas qualidades.
A pedra filosofal junto com o elixir da vida eram muito cobiçados, porque supostamente teriam virtudes maravilhosas, não só a de conseguir ouro mas também a de curar enfermidades e conceder a imortalidade.
Para a fabricação do ouro buscava-se um material que facilitasse a mistura de mercurio e enxofre porque acreditava-se que esse era o caminho certo. A partir dessa mistura encontrariam o metal nobre.
Estes dois aspectos estão relacionados a uma característica do ouro que se oxida mais lentamente que outros metais, isto é, o ouro é "imortal", portanto se descobriam como fazer ouro a partir de outros elementos, talvez poderiam tornar o corpo humano em imortal.
Um das lendas sobre a pedra filosofal conta que a pessoa que a possui pode transfomar metais em ouro, porém seu uso constante faz com que a pessoa que a usa vai, pouco a pouco, se transformando em ouro também. Pois seria isso um abuso aos poderes da pedra.
Existem vertentes mais místicas da alquimia que creem que, na verdade, a pedra filosofal não é física e sim uma metáfora do aperfeiçoamento espiritual.
Por outra lado, acredita-se que os verdadeiros alquimistas escondem a verdadeira forma de conseguir a pedra. Não existe um tratado alquímico que seja claro, por isso se dão distintos nomes as substancias utilizadas (por exemplo; o fogo alquímico é diferente do fogo comum). Isso tem como finalidade, dificultar a construção da pedra por outras pessoas.
Segundo a alquimia é necessário que para realizar as três fases do "magistério" (nome dado as três fases que devem ser feitas para que se construa a pedra), obtenha-se uma chama de fogo acesa queimando a matéria prima da pedra durante anos, pois o alquimista pretende "imitar" a natureza, o que leva tempo e deve ter paciência para criar algo.
Por essa razão, se diz que para criar a pedra deve-se pelo menos viver 20 anos, que é o tempo necessário para que os aprendizes investiguem e aprendam a elaboração exitosa.
Com o tempo, a transmutação, foi substituída pelo crescente conhecimento acerca das reações químicas e a natureza dos elementos químicos deixa cada vez mais claro que, cientificamente, a transformação de metais em ouro é praticamente impossível.
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